ILHA DA BOAVISTA ESPERA `BOOM´ TURÍSTICO PARA O QUAL NÃO ESTÁ PREPARADA Cabo Verde


A Boavista vai duplicar a sua capacidade hoteleira nos próximos quatro anos. São 200 milhões de euros de investimentos e seis mil novos empregos, um crescimento para o qual, admitem as autoridades, a ilha não está preparada.

Com quilómetros de praias de águas límpidas e areias douradas, a ilha da Boavista é o segundo maior destino de visitantes do arquipélago cabo-verdiano, a seguir ao Sal, e a nova ´galinha dos ovos de ouro´ do turismo.

A ilha, que concentra já meia dúzia de grandes ´resorts´ na modalidade de turismo ´tudo incluído´, receberá nos próximos anos mais quatro grandes empreendimentos turísticos, segundo disse à agência Lusa o presidente da Sociedade de Desenvolvimento Turístico das Ilhas da Boavista e Maio (SDTIBM), Luís Silva.

Dois desses empreendimentos estão já em fase de construção e, ainda este ano, deverão arrancar mais dois, segundo o responsável, investimentos que rondam os 200 milhões de euros, irão duplicar a capacidade hoteleira nos próximos quatro anos e criar entre cinco e seis mil postos de trabalho.

Um crescimento que irá aumentar a pressão sobre uma ilha que, segundo o presidente da Câmara, José Luís Santos, tem um défice de 2.000 habitações, não ´tem um palmo de esgotos´, sistema de tratamento de lixo ou respostas em matéria de saúde.

A ilha abriga também um dos maiores bairros de barracas do país, onde se concentram mais de dois terços dos habitantes e a maioria dos trabalhadores do setor turístico.

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