Luanda e Lisboa na 30ª edição do London Art Fair

London Art Fair
Por : Aligelson Leonel 
A MOV’ART apresenta no London Art Fair, que decorre entre o dia 17 e o dia 21 de janeiro: “Sisterhood Is Forever”, uma série com novas práticas expositivas que resultam da colaboração e circulação intercontinental da artista angolana Keyezua e da portuguesa Rita GT.
“Luanda serve como uma fonte onde ambas as artistas, exploram o conceito de irmandade através da identidade, mas também, de novas práticas de colaboração África-Europa que desejam ir além das identidades binárias nacionais e pós-coloniais”, lê-se na nota curatorial.
Keyezua e Rita GT estudam, implicitamente, a “interseccionalidade como meio de adicionar um acordo justo à análise feminista, bem como, várias outras epistemologias emancipadoras”. Crendo que “é melhor reflectir sobre as realidades e multicamadas das experiências vividas, fornecendo igualmente, uma estrutura para identificar estratégias que possam realmente, apontar o dedo às condições de opressão na nossa sociedade”.
Com a finalidade de entender “realmente o problema e o que essas mulheres, abraçando a irmandade, têm em comum no dia-a-dia da vida”. A instalação que será exibida em Londres, Inglaterra, evoca “arquitecturas e imagens vernaculares angolanas, a satirização de imagens exóticas africanas através de pinturas e colagens usando o corpo feminino como médium de diálogos sobre a irmandade”.
“Sisterhood Is Forever” é um título retirado de uma série antológica sobre a história das Mulheres e o Feminismo pela teórica, activista e escritora Robin Morgan. Além do desejo de aumentar a visibilidade internacional e a relevância das mulheres artistas de Angola e Portugal, Rita GT e Keyezua pretendem ainda partilhar este diálogo contínuo sobre “a criação de coalizões com base em afinidades e especificidades”.
Nesta 30ª edição da London Art Fair, a plataforma internacional Diálogos conta, pela primeira vez, com uma participação feminina exclusiva de artistas cujos trabalhos abordam o género e a identidade cultural. Ao todo, serão 24 mulheres de origem maori, curda, asiática e africana que sob a organização de Misal Adnan Yildiz, mostram os seus trabalhos que representam e recontextualizam a Mulher.

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